Quer entender melhor?
Vou contar para vocês como funciona meu trabalho.
Tudo começa com o estabelecimento de vínculo com a criança/adolescente, assim como, com a
confiança que vocês, familiares, depositam em mim. Partindo desse princípio, realizo um
processo
de avaliação psicológica que identifica as características individuais associadas à
motivação,
personalidade, competências cognitivas, habilidades e áreas de interesse de cada um que
chega
para mim.
O processo é especializado e formulado de acordo com as demandas de cada
criança/adolescente,
com o objetivo principal de conhece-lo da forma mais aprofundada possível, para que se torne
possível planejar, após o processo de avaliação, quais os melhores caminhos que serão
trilhados
em casa, na escola e nos demais contextos em que esse indivíduo possa conviver.
E por que esse processo precisa ser especializado e individualizado? Para responder,
pergunto se
vocês perceberam que a imagem da página inicial desse site é uma árvore colorida?
Pois bem, ela foi escolhida por representar, simbolicamente, a diversidade de
características
que podemos encontrar dentro das Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD). Observando suas
diferentes folhas, as quais têm diferentes cores e tamanhos, penso nas crianças,
adolescentes e
adultos que constituem essa população que apresenta habilidades superiores em alguma área do
desenvolvimento humano.
Saindo um pouco do senso comum e entendendo a superdotação como um conceito psicológico,
precisamos compreender que possuir potencialidades (ou outras nomenclaturas mais comuns:
habilidades acima da média, competências superiores, características como rapidez na
aprendizagem, boa memória, facilidade com leitura ou matemática, talentos para música, arte,
dança, teatro, esportes ou tantas outras) faz com que essas pessoas, muitas vezes, precisem
de
um suporte diferenciado.
E aí pode vir a pergunta: mas será que por essas pessoas possuírem tantas facilidades não
conseguem lidar, por si mesmas, com todas as questões que podem aparecer em suas vidas
(sejam
elas emocionais, de aprendizagem ou de relacionamentos com familiares, amigos e
professores)? A
resposta é sim e não.
Sim, porque elas possuem muitas facilidades, associadas às áreas em que seus interesses vão
se
manifestar. Não, porque elas não necessariamente irão conseguir lidar sozinhas com tudo. E o
ponto principal é: elas não precisam lidar sozinhas!
A partir disso, entendemos que a importância de todo esse processo está na possibilidade de
conhecimento mais aprofundado de todas as suas características individuais, na possibilidade
de
abrir portas para oferecer melhor suporte, para poder auxiliar as famílias e/ou escolas a
construir esse caminho junto com a criança ou adolescente de forma mais leve e acolhedora.
Além disso, é a partir daí que os aspectos positivos das AH/SD podem ser evidenciados e
todos
poderão ser mais felizes, pois se sentirão compreendidos e amados da forma como realmente
são!
Sendo assim, esse é o meu trabalho. Receber vocês, conversar, entender como posso ajudá-los
a
organizar quais serão os caminhos futuros que vocês escolherão.
Vamos juntos?